sábado, 8 de agosto de 2009

Rio de Janeiro

DESABAFO

'Só o Rio continua essa bagunça', diz Paes sobre os transportes públicos

Publicada em 06/08/2009 às 23h45m

Dimmi Amora e Isabela Bastos
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RIO - Em tom duro, o prefeito Eduardo Paes criticou as empresas de ônibus do Rio. Ele qualificou o sistema como uma bagunça e prometeu licitar as linhas dos coletivos após terminar o processo, anunciado quarta-feira, de licitação das vans. Paes citou o excessivo número de ônibus que circulam pela Avenida Rio Branco, uma das principais vias do Centro, e disse que não terminará seu mandato com 85 linhas transitando ali. Ele lembrou que a proliferação das vans se deu por conta da má qualidade do serviço dos ônibus ao longo dos anos. Paes afirmou que o Rio hoje tem "o trânsito mais caótico do país".

- Tinha gente precisando ser transportada. Se a demanda estivesse sendo suprida, não tinha van alguma. Recife organizou o negócio e não tem mais mafuá de vans nas ruas. São Paulo conseguiu organizar o transporte complementar e fazer o bilhete único. Só no Rio continua essa bagunça - afirmou o prefeito.

Paes anunciou ainda que os ônibus também terão os roteiros das linhas rearrumados, podendo ter o número reduzido:

Nós vamos fazer o bilhete único e ponto

- Não dá para ter, por exemplo, 85 linhas de ônibus na Rio Branco. O Sérgio Dias (secretário de Urbanismo) tem uma ideia de fechar a Rio Branco, que me empolga. Fico estimulado só para vocês não conseguirem uma liminar no dia seguinte que eu proibir (a passagem dos ônibus). Tem coisa que ou se começa agora ou não vai terminar. E nós vamos fazer o bilhete único e ponto.

O presidente da Rio Ônibus, Lélis Teixeira, defendeu o setor, cobrando de Paes a fiscalização do transporte alternativo e melhorias de infraestrutura. Segundo Lélis, as 47 empresas do setor já colocaram 814 novos ônibus, adaptados para deficientes, para circular desde janeiro. Ele argumentou ainda que a despeito da concorrência das vans, as empresas já teriam conseguido baixar a idade média dos coletivos de sete anos para três anos e quatro meses.

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